A CRISE HUMANITÁRIA



Ainda estamos em estado de perplexidade e tristeza, frente às imagens sem palavras que nos chegam do velho continente.
De tempos em tempos sofremos avalanches emocionais que nos despertam para a grande questão: Por que ainda somos tão egoístas e orgulhosos?
Por que precisamos destruir, castigar, constranger e matar em nome do poder?
A crise humanitária da era tecnológica nos aproxima virtualmente dos “fronts” de batalhas.
O alerta de que estamos destruindo em velocidade avassaladora está no vermelho.
Mas, em um olhar mais profundo veremos que a crise habita em nosso íntimo.
Lutamos diariamente entre o desânimo e o medo.
Reprimimos emoções, engolimos desgostos e indignações, matamos a esperança.
O grande vício humano é a acomodação e a passividade. Delegamos a poucos a condução do Mundo.
Nosso psiquismo é contaminado e recheado de sombras e correntes, aprisionando nossas habilidades e sonhos.
Sair de si mesmo e enxergar sem pudor a crise interna, reconhecer a imaturidade, o desleixo, as ilusões e fantasias alucinadas do Ego.
Ser Consciente exige: valentia, entrega, maturidade, desapego!
Enfrentar o mesmo caminho diariamente, mas mudando a forma de caminhar.
Reconhecer as dificuldades e educando-as com doçura, mansuetude e firmeza.
O Ser Consciente determina-se na coragem e na confiança.
Um belo exercício de autoconhecimento é o exercício da convivência. Nela, conseguimos sentir raiva e ternura, irritação e paciência, medo e fé.
A crise do mundo é a explosão de nossos egos.
A solução do mundo é deixarmos o divino que habita em nós domar e transformar este Ego.
Somos germens de anjos e santos, mas precisamos criar raízes profundas e permitir que a semente germine, rompendo a terra e crescendo em direção ao céu.
É muito louvável atravessarmos o oceano para socorrermos nossos irmãos em sofrimento, mas antes, precisamos atravessar o oceano interno que separa a Sombra da Luz.
Aproveitemos nossa tristeza, indignação, impotência e medo, para ativarmos a consciência a viver no bem, no bom e no belo.
Desperdiçamos tempo, energia e dinheiro em busca de aprisionar o vento e segurar a noite para prolongarmos nossos desejos e paixões.
Iniciemos a autoeducação sendo solidários em pequenas tarefas comunitárias, oferencendo nossas melhores habilidades para ensinar as pessoas a caminharem com seus próprios pés.
A crise humanitária é a oportunidade de refazermos nossos caminhos com mais compaixão, solidariedade e dignidade.
Sejamos humanos, deixando a animosidade para o passado, e assim, o futuro nos possibilitará a angelitude.
Meditemos no bem. 
Renovemo-nos no bem.
Perdoemos para podermos amar livres de qualquer impedimento.
Votos de luz e paz consciente!
Lorete Abourihan

Terapeuta Holística

Postagens mais visitadas deste blog

O YIN E O YANG

A FIDELIDADE PSÍQUICA

NADA É PERMANENTE, EXCETO A MUDANÇA